domingo, 24 de abril de 2011

Crónica: A Evolução do Vestuário… na Antiga Roma...


Dando continuidade à evolução do vestuário ao longo dos séculos, com a quarta crónica. Cujo autor é o Dr. Henrique Monteiro, professor e escritor.
O Imperio Romano… foi à muito tempo, mas quando como nesta Primavera/Verão nos vemos a usar de novo as renovadas sandalias "gladiador", praticamente esquecemos que são originarias daquela época de ouro e conquista.
Por outro lado observa-se, com agradavel surpresa que a mulher é e sempre foi hiper-feminina dos pés à cabeça.
Augusta.


O vestuário na Roma Antiga



Na Roma Antiga, a mulher desfrutava a
ostentação do luxo, dado que tal
 assinalava o reconhecimento dum
 elevado estatuto social.




Entre outras, a influência grega no vestuário romano foi muito marcante, facto a que não poderá ser alheio o envolvimento estrutural desta crónica.
No essencial, as mulheres da antiga Roma usavam uma longa túnica, chamada estola. A túnica mais comum era semelhante à túnica grega e feita a partir de duas peças largas de pano costurado, puxado sobre a cabeça e preso com vários pinos ou botões. Um cinto podia, ainda, ser usado sob os seios, na cintura ou nos quadris.
Por cima da túnica, a mulher usava uma toga. Esta peça era muito volumosa e as suas características permitiam a identificação do grupo social através do tamanho, forma ou cor da mesma.
As túnicas eram tingidas de cor diferentes, desde os claros ao laranja escuro, cinza, roxo preto, roxo vermelho ou amarelo. Esta última cor era cara e reservada para as mulheres casadas ou para as virgens da deusa Vestal.
Quanto às fibras, as romanas usavam diferentes tipos, sendo de salientar as lãs, linho, cânhamo, algodão e seda, esta importada da Índia e, portanto, rara e cara – um luxo para as mulheres mais ricas.
A roupa interior era usada também, embora pouco se saiba. Podemos referir que as mulheres utilizavam uma faixa de tecido no peito chamado fascia pectoralis, também designado por mammilia, stophium ou taenia e o subligaculum, uma faixa de tecido colocada em volta dos rins.
O gosto pelas jóias era um autêntico vício para as mulheres romanas. Mirando-se em espelhos de metal, as romanas apreciavam os colares ornamentais, alfinetes, brincos, pulseiras, anéis, braceletes, tornozeleiras, botões de jóias, guarda-sóis e ventiladores feitos de penas de pavão, enfim o culto da aparência e ânsia de beleza.
O cuidado com o penteado era típico das romanas. Era comum o hábito de tingir o cabelo de vermelho dourado, bem como o uso de apliques falsos para o tornar mais grosso. Por vezes, o cabelo era usado para cima disposto com grampos de jóias, outras vezes para baixo, enrolado em cachos. Muitas mulheres elegantes usavam, ainda, pedaços de cabelo muitas vezes feitos de cabelos das escravas.



Finalmente, o calçado também definiu a posição da mulher em sociedade. Como exemplo, temos as sandálias com os dedos abertos, de couro e ornamentadas a ouro ou os sapatos encerrados no pé e com os dedos cobertos.


Mas a moda romana permanece actual e conta com uma galeria de apreciadores bem cotados: Armani, Cavalli, Ferretti, Valentino, Prada, Versace, Schiaparelli, Donatella, entre outros, fazem parte desse grande espectáculo do mundo de inspiração do vestuário da “cidade eterna”.






Henrique Monteiro.
Prof./Editor/Escritor

Até breve...
Augusta.

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